quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Convite

Estamos há tempos nos dividindo em grupos, etnias, religiões. Sem muito espanto concebemos a idéia de que credos e cores nos afastaram na tentativa de nos aproximar das pessoas com as quais nos parecemos mais. É preciso pensar, no entanto, se realmente as pessoas com as quais nos relacionamos melhor são aquelas cujo tom de pele se parece com o nosso ou cuja crença em tudo se assemelhe a nossa.

O Senhor nos fez irmãos. Todas as formas de divisão que estabelecemos ao longo da história da humanidade nos remetem a idéia de que existe uma relação de superioridade, como se realmente fosse possível classificar uma raça (idéia já extinta com o advento dos estudos biológicos), um sexo ou uma religião como superiores á qualquer outra. Certa vez, escreveu Jaime Nunes, no seu manifesto cristão:

"Se você já se reconheceu um pecador perdido, destituído da graça de Deus, e dependeu exclusivamente de Cristo para ser salvo, então você é meu irmão em Cristo. A par disto, não me interessa se você é da Assembléia de Deus, da Batista, Metodista, Adventista, se da Comunidade de Graça, da Congregação Cristã do Brasil, Presbiteriana, Luterana, se da Graça de Deus, da Renascer em Cristo, Deus é Amor, Quadrangular, se da Pentecostal ou se de outra denominação qualquer. Não me interessa se você se considera protestante, evangélico, crente, ou cristão, simplesmente.Se você crê que Jesus Cristo é o Salvador absoluto, o único que pode libertar o homem das algemas do pecado, então você é meu verdadeiro irmão. A par disto, não me interessa se você é pentecostal, congregacional, tradicional, , se reformado, renovado, carismático, ou mesmo "gospel". Não me interessa se você é ortodoxo, conservador, se moderno, liberal, ou mesmo da 'vanguarda cristã'."

Eu diria mais. Diria que, ainda que você não tenha até agora reconhecido os seus pecados e ainda não tenha se dado conta da graça que é ter o Senhor como seu melhor amigo, ainda assim tens aqui alguém que te considera um irmão em Cristo. Não nos cabe julgar qualquer que seja o comportamento alheio. Não que essa seja uma tarefa fácil, pois cada dia mais cercados de diferenças e novidades, somos carregados de um sentimento de estranheza em relação áquilo que não nos parece comum ou benéfico. Muitas vezes caímos na tentação de fazer julgamento sobre aspectos da vida pessoal e de cada uma das escolhas dos nossos irmãos, preocupando-nos mais em criticá-los do que orientá-lo acerca daquilo que acreditamos ser mais prudente.
O convite é para que nossas mentes estejam abertas e nossos corações repletos de amor para doar sem pedir nada em troca. Não há distinção de cor ou raça que possa ser maior que a força da amizade ou do amor. Não queremos perpetuar o mal que se alastra em países do mundo onde a religião é motivo de guerra entre aqueles que o Senhor fez uma vez e sempre irmãos.

Por Marina Maciel.

Um comentário:

  1. Marina, lindo texto!
    É algo que eu busco bastante, me distanciar de distinções por qualquer pretexto, afinal Jesus não o fez em nenhum momento.
    Obrigada pela contribuição ao blog e será sempre bem vinda! =)

    ResponderExcluir